terça-feira, 29 de julho de 2014

Licenças médicas afastam 700 PMs

Setecentos policiais militares estão afastados de suas atividades devido a problemas de saúde.
O montante corresponde a quase 8% do efetivo total.

Parte dos PMs foi remanejado para serviços burocráticos ou administrativos da corporação.

A maioria, no entanto, está desocupada.

Entre as enfermidades responsáveis pela retirada dos policiais das ruas, destacam-se as doenças psiquiátricas que são as causas de 45% das licenças médicas. 

Há duas formas para o policial deixar suas funções ordinárias.

Dependendo do diagnóstico médico, o PM é afastado completamente do trabalho ou assume outra função dentro do Comando.

Atualmente, existem 399 policiais na primeira condição e mais 301 homens na segunda.

Os dados foram revelados pelo Centro de Atenção Básica à Saúde da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PM-RN) e foram atualizados dia 28, um dia após um soldado atear fogo em três motocicletas, atentar contra a própria vida e ser internado em um hospital psiquiátrico de Natal.

Os números revelam ainda que as doenças psiquiátricas respondem pela maior demanda no setor.

São 318 policiais que, hoje, enfrentam algum transtorno psíquico e, por isso, deixaram as ruas.

Há outro dado preocupante nas estatísticas da PM-RN.

Nos últimos sete meses, foram diagnósticos 73 novos casos de doenças psiquiátricas na corporação.

Em dezembro de 2013, eram  245 policiais doentes.

A evolução resulta em uma média de 10 novos casos por mês.

De acordo com o diretor de Saúde da PM-RN, médico e coronel Silvério Monte, há três fatores que explicam a evolução do quadro: policiais com histórico de doenças antes de ingressar na corporação, a própria natureza da atividade policial e a falta de efetivo que possibilitaria um rodízio entre dos praças.


“Temos policiais que são inaptos para a atividade e estão em atividade.
É um risco”, alertou. 

Roberto Lucena


Nenhum comentário:

Postar um comentário